Câmara realiza palestra sobre Campanha do Agosto Lilás

O evento, promovido pela Escola do Legislativo, teve como objetivo conscientizar sobre o combate da violência contra a mulher

Como parte da campanha interna do Agosto Lilás na Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo, a Escola do Legislativo Isabel Rodrigues promoveu uma palestra de conscientização sobre o Combate à Violência Contra a Mulher, destinada aos vereadores, assessores e funcionários da Casa. A apresentação aconteceu nesta terça-feira (24), no auditório da Sede do Legislativo, sendo ministrada pela estudante de Direito e membro da Escola do Legislativo, Rayssa Giovanna.

Para dar início ao evento, o Presidente da Câmara, vereador Diego José Ribeiro (PDT), falou sobre a importância da campanha. “Essa ocasião serve para nos lembrar do nosso dever de combater este mal que, infelizmente, faz centenas de vítimas todos os dias. O Agosto Lilás nos mostra que devemos nos mobilizar não apenas nesta data, mas sim durante o ano inteiro”, afirmou. “Uma forma de erradicar a violência doméstica é conscientizar e incentivar a população a denunciá-la, seja ela física, verbal, sexual, psicológica e patrimonial. Como cidadãos e agentes políticos, é também nosso papel propor políticas públicas e exigir das autoridades mais projetos voltados à proteção da mulher”.

Na palestra, Rayssa Giovanna explicou o real significado do Agosto Lilás — conhecido também como o mês de prevenção da violência contra a mulher , e os tipos de agressões, sendo elas física, verbal, psicológica, sexual e patrimonial. “A violência contra a mulher vem da cultura da dominação do homem sobre a mulher, e isso tem a sua origem nos primórdios da humanidade. Então, nós temos que quebrar esta cultura de machismo”, ressaltou. Em seguida, Rayssa abordou os detalhes da Lei n° 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, e da Lei n°13.104/2015, a Lei contra o Feminicídio.

Rayssa falou também do ciclo da violência, caracterizado por três etapas: a fase da tensão (quando começam os momentos de raiva, insultos e ameaças, deixando o relacionamento instável); a fase da agressão (quando o agressor se descontrola e explode violentamente, liberando a tensão acumulada) e a fase da lua de mel (o agressor pede perdão e tenta mostrar arrependimento, prometendo mudar as suas ações). “Esse ciclo se repete, diminuindo o tempo entre as agressões, e se torna sempre mais violento. Logo, esta mulher precisa de ajuda. Não é fácil romper um relacionamento de anos com quem se tem laços afetivos fortes. As mulheres, na maioria das vezes, não denunciam por terem dependência afetiva e econômica de seus parceiros; por terem medo de possíveis novas agressões, ou por falta de confiança nas instituições públicas responsáveis”, explicou.

Como denunciar

Por fim, a estudante de Direito orientou o público a como denunciar qualquer tipo de agressão contra mulheres: ligue para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher, ou para 190, da Polícia Militar. É possível também pedir ajuda ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) do município.

Além disso, Rayssa deixa claro que todos têm o dever de amparar as vítimas de violência doméstica. “Qualquer cidadão pode denunciar, a qualquer hora do dia, até mesmo no anonimato”, destacou.

O vídeo da gravação da palestra na íntegra pode ser assistido a seguir. 

 

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